domingo, 5 de abril de 2009


Infertilidade

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Aproximadamente 15% dos casais enfrentam dificuldades para engravidar.
Até pouco tempo a infertilidade era vista como uma questão quase sempre relacionada à mulher, hoje essa perspectiva mudou. Estimam-se que 40% dos fatores que impedem a gestação partem de alterações e problemas vindos do sexo masculino. Ou seja, o mesmo percentual de responsabilidade que a literatura médica reserva às mulheres. Os 20% restantes dizem respeito a ambos.

As dificuldades para engravidar entenda-se o insucesso após um ano de tentativas realizadas no mínimo três vezes por semana.
Angústia e ansiedade são dois sentimentos com os quais homens e mulheres que se deparam com a situação têm de aprender a lidar.

A infertilidade masculina

É geralmente causada por problemas na produção do esperma ou em conseguir que o esperma alcance o ovo. Problemas com esperma podem ser de nascença ou desenvolvidos mais tarde devido a doença ou lesão. Alguns homens não produzem esperma, ou produzem muito pouco. O estilo de vida pode influenciar a quantidade e qualidade do esperma. Álcool e drogas podem reduzir temporariamente a qualidade do esperma. Toxinas no ambiente, incluindo pesticidas, podem causar alguns casos de infertilidade masculina.

Assim, o primeiro passo para o diagnóstico correto, no caso dos homens, é o exame de espermograma, que irá apresentar uma análise do sêmen e dos espermatozóides quanto à sua forma, quantidade e movimentação.
Exames físicos, repetição da análise seminal e testes complementares podem ser requeridos, dependendo dos achados positivos até este ponto.

Estas etapas iniciais são importantes e conseguem identificar várias alterações capazes de interferir na fertilidade masculina, como varicocele, agenesia de canal deferente, atrofia testicular, ausência de testículo e até mesmo a presença de tumores.

Entre os exames auxiliares, os mais requisitados são as dosagens hormonais (FSH, LH, testosterona e prolactina). E dentre os adicionais estão o ultra-som de testículos, o exame cariótipo (de sangue) e a avaliação da fragmentação do DNA espermático.

Problemas com o espermatozóide

A causa mais comum, e felizmente tratável, da infertilidade masculina é a varicocele, que está por trás de 35% a 40% dos casos e o tratamento é cirúrgico.

Outra causa congênita comum para a infertilidade masculina é a criptorquidia, ou seja, uma anomalia na posição do testículo que, durante sua formação nos últimos meses de vida intra-uterina, fica 'preso' no meio do caminho que deveria percorrer para chegar à bolsa escrotal. Quando este problema não é detectado e corrigido logo, com cirurgia, ocorre a falência testicular que leva à baixa produção de espermatozóides. Muitas vezes, mesmo com a correção não há como reverter o quadro.

Alterações nos locais de produção hormonal, como hipófise ou testículos, ou nos locais de ação destes hormônios, os tecidos periféricos, podem levar à infertilidade. Isso pode ocorrer pelo uso de certos medicamentos - como o fenasteride, empregado no combate à queda de cabelo. Mas, em geral, suspenso seu uso, a produção de espermatozóides é retomada.

Há ainda a possibilidade de a infertilidade ser causada por uma interrupção do canal que leva os espermatozóides dos testículos para a vesícula seminal. Chamado de agenesia de canal deferente, este bloqueio funciona como uma espécie de "vasectomia natural", passível de correção por cirurgia.

Infertilidade feminina

Problemas com a ovulação são a causa mais comum de infertilidade feminina. Sem a ovulação os ovos não estarão disponíveis para a fertilização. Sinais de problemas com a ovulação incluem ciclos menstruais irregulares ou falta de menstruação. Simples fatores de estilo de vida - incluindo estresse, dieta ou treinamento esportivo - podem afetar o equilíbrio hormonal da mulher. Mais raramente o desequilíbrio hormonal pode ser causado por condição médica grave, como o tumor na glândula pituitária que pode ocasionar problemas na ovulação.

Idade é um fator importante na infertilidade feminina. A capacidade do ovário produzir ovos declina com a idade, especialmente depois dos 35 anos. Em torno de 1/3 dos casais onde a mulher tem mais de 35 anos experimenta problemas de fertilidade. Quando a mulher atinge a menopausa ela não mais poderá produzir ovos ou ficar grávida.

Outros problemas também podem causar a infertilidade feminina. Se os tubos de falópio estão bloqueados o ovo não pode viajar até o útero. Tubos bloqueados podem ser resultado de doença inflamatória na pélvis, endometriose ou cirurgia de uma gravidez ectópica.

Ajuda da ciência

Quando há baixa ou nenhuma concentração de espermatozóides, as causas genéticas para a esterilidade costumam ser mais freqüentes. Neste caso, não há tratamento específico para o problema, porém, se o casal pretende engravidar, ainda existe a possibilidade de se recorrer à ajuda das técnicas de reprodução assistida.

Masculinidade atingida

A notícia da infertilidade não costuma ser bem recebida nem por homens, nem por mulheres. Mas o sexo masculino parece ter mais dificuldades para aceitar o diagnóstico.

A vivência emocional da infertilidade por um homem é extremamente angustiante, uma vez que ainda vivemos em uma cultura machista, onde sinal de ‘ser macho’ é ser um ‘bom reprodutor’. Assim, a incapacidade de engravidar uma mulher pode vir associada mentalmente à falta de masculinidade ou virilidade.

A associação popular entre capacidade de procriação e potência é um dos principais motivos de resistência à vasectomia em nossa cultura. “Essa associação também é responsável pela relutância que alguns homens demonstram no momento de fazer o exame de espermograma, pedido pelo médico”, diz a psicóloga. Além disso, percebe-se que o diagnóstico de infertilidade masculina acaba por interferir de forma significativa na vida sexual dos homens, podendo-se observar falta de libido, distúrbios ejaculatórios e impotência sexual.

Desta maneira, diante de um quadro emocional tão delicado, é preciso cultivar o diálogo aberto entre o casal, tentando trazer para a comunicação verbal o que ainda não conseguiu ser dito. É necessário saber o que cada um está sentindo em relação ao problema que afeta o casal. O processo terapêutico auxilia muito os casais a encontrarem a melhor forma de expressão de seus sentimentos em relação à infertilidade.

Fonte: Copacabana runners

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